de hoje
não é de hoje
que a gente combina
e bem que foge
quando chega a hora
e se a dor desatina
e se a fuga demora
a gente nem entende
porque vai-se embora
a estrela cadente
já não é de hoje
que convida a gente
pra dormir lá fora
mas a gente sente
um medo desvairado
do escuro da noite,
da brasa da fogueira
de tudo o que é poeira
de tudo o que é pernoite
de toda brincadeira
já não é de ontem
*