2007-08-23

O Longe do Longe

Aquela casa
De que ninguém partiu
Ela mesma partiu

Aquela casa que outrora
Fora de sorrisos e dança
E de tango e olhares rasgados

Aquela casa cuja trança da felicidade
Com uma tesoura cortada foi
E atirada para longe
(Quiçá para o longe do longe...)

Aquela casa está lá
Porém, não está

Habitam-na máquinas
Pessoas pouco importadas
Da felicidade

E os seus bebés cujo choro
É tapado pelo silêncio
Da lareira que lhes protege
O frio da falta de palavras.

Escusado será dizer:
Ninguém dorme.


http://www.albertovelasquez.blogspot.com

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1 Comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

Niguém dorme,nem mesmo o sono...

28/8/07 01:27  

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