2007-11-25

habituário

*

eu mesmo sou doença e sou a cura
meu corpo o manicômio e a vacina
meus dias infinitos de tortura
são páginas de um fado que assassina

são vagas de trabalho para o tédio
mil vãos de aranha-céu pro suicídio
é receber da morte o seu assédio
é ser assecla vil assim do lítio

eu mesmo ser silêncio assim que sôo
eu mesmo ser a cela e ser entulho
pular do arranha-céu é mero vôo
finalizar o livro e seu barulho

mas o desejo surge e te inebria
rasgando-te impele à força bruta
destroça o vôo fechando a janela
protege-te da morte, e não te escuta

*

email/MSN: cantodothiago@hotmail.com

http://poemasdoabismo.blogspot.com/

*

2 Comentários:

Anonymous Anónimo escreveu...

parabens!

30/11/07 08:12  
Anonymous Anónimo escreveu...

parabens!

30/11/07 08:12  

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