2006-01-24

Água do mar

As gotas escorrem
pela pele castanha
do meu corpo salgado.
Olho as ondas longínquas
do mar largo e vazio,
que se destroem na areia
em colapsos de espuma azul.
O verão é já passado
e sinto lágrimas salgadas
no meu cabelo molhado,
o pranto da minha ausência.
Esta água mata-me a sede
é o princípio das palavras,
é a vertigem das algas loiras
em que se tornam os meus cabelos.
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