2005-09-30

:)



As folhas confundem-se
com as pedras da calçada:
Outono nos pés.

Outono...



Caem as folhas,
douradas e morenas
dum Sol triste,
pois acabaram os dias longos...

Reflexo condicionado

Ando sem destino
pelas ruas da cidade.
Só me cheira a ti.

(...)

Esta manhã não
bebi nem comi. Na boca
o sabor de ti.

2005-09-29

Lençóis

As noites passo-as em claro
Desenhando o teu corpo nos lençóis
Que não têm o teu cheiro.

Outono

Brumas de tristeza
Abatem-se sobre as árvores.
Caem folhas-lágrimas.

jacky (29.09.2005)

Triste figura

(haicai ao jeito de Guilherme de Almeida)

É noite. Silêncio.
Acordo sobressaltado
a tremer de frio.

2005-09-28

Deixei



dos meus polegares
a depressão
nas tuas costas

Etiquetas:

2005-09-27

A queda das cores

A folha disfarçou-se
com rasgos castanhos
e pintas amarelas,
e assim o verde do verão...
.
.
.
.
.
.
. . . caíu

Sugestão

Uma folha sem cor:
por um breve instante
esqueço quem fui.

--->
O tema é o Outono: melancolia, decadência, nostalgia, colheita. Talvez gostem de ler isto. E desculpem ter abusado.

Perda

As folhas perdem
a cor, esquecem-se que
são árvore, caem.

2005-09-26

Outono

o vento lá fora
despenteia as árvores:
as folhas caem.

Tema da semana: Outono

Proponho à consideração, poemas minimalistas sobre o Outono.
Que dizem?


W. Czaja

Lágrimas

Hoje,
colhi
as lágrimas
das palavras:

saudade
tristeza
medo...

tornaram-se:

intimidade
alegria
paz...

Lágrima

Caiu uma lágrima
No dia da despedida
Dentro de mim.

jacky (26.09.2005)

2005-09-23

Mínima lista

Só,
Ao acordar
Lembro

Etiquetas:

Sal

(para não sei quem)

As lágrimas são:
flor da tristeza;
tempero da alegria.

2005-09-22

Lamento

(Para todos e para ninguém)

Ninguém me diz
o que eu quero ouvir,
nem mesmo eu.

--->

Desafio

(Queridos colaboradores minimalistas e visitantes, o Fernando e eu temos andado nos últimos posts a brincar com um tema que podia ser descrito como as palavras, o silêncio e o eu. Não querem juntar-se a nós com este tema ou dar início a outro?)

2005-09-21

Fado

(para o Fernando, de novo!)

De tanto e nada dizer
As palavras calaram-se em mim
Todo eu sou silêncio.

2005-09-19

Transmutação

(Para o Fernando)

Todo eu sou poesia
Coração, cabeça, estômago
Tristeza e alegria

2005-09-16

Fénix...



Tal como ela renasço
vibro e liberto-me
das cinzas escuras da vida...

Metamorfose

Vesti-me de palavras e,
dum momento para outro,
fiz-me poema.

2005-09-12

homocoisa-e-tal II

Hesito
em amar
com medo
do êxito...

homocoisa-e-tal I

Traz
brilho
no olhar.
Não fiques
para
trás.

(pronto, já respondi ao desafio, Luís?)

O fim do Verão

O sussurro da tua voz,
Na tarde submissa de calor,
Era suave como missangas
Deslizando no pescoço de uma ninfa

Areia

A paixão não é
como as marés.
Esgota-se.
Como a areia da ampulheta

Cedência

A alma pede.
Vejo-te outra vez:
o amor cede

Homografia heterofónica com princípio e fim

gosto
de sentir
na língua
o teu
gosto

*

2005-09-08

O mar



O mar, tranquilo,
é como uma criança
surpreendida.

2005-09-07

Sopa de letras


Sopa de letras

Procurava esse amor secreto,
oculto no teu olhar
como numa sopa de letras.

2005-09-03

Bucólica


Renoir

Andando na relva,
Flor no cabelo, penso em ti,
Em ardentes beijos.

Jacky (02.09.2005)
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